O número de queimadas na Amazônia apresenta uma tendência constante de crescimento ao longo dos anos, nitidamente a partir de 1996, mas com variações interatuais determinadas pelas condições climáticas. O ano de 1994 foi marcado por uma redução significativa das queimadas devido a uma combinação de situação econômica e condições climáticas desfavoráveis. Já o ano de 1997, até o início de 1998, foi marcado por um grande aumento das queimadas que culminaram com um episódio inédito e de grande repercussão com os incêndios no Estado de Roraima
Quando os pequenos agricultores desmatam a floresta amazônica, no primeiro ano só conseguem queimar uma pequena parte da fita massa florestal: folhas, pontas de galhos, ramagens etc. No segundo ano, esse material lenhoso está mais seco e queima um pouco mais.
Pesquisas da Embrapa Monitoramento por Satélite com 450 propriedades rurais na região indicam que são necessários cerca de oito anos para que o agricultor consiga queimar todos os resíduos lenhosos. Isso significa que uma área desmatada queima repetidas vezes durante oito anos. Nesse sentido, o constante desmatamento da Amazônia vai gerando um acúmulo de novas queimadas.
Elas somam-se às queimadas das áreas ocupadas antigas onde são usadas regularmente como técnica agrícola para limpar pastos, eliminar restolhos de culturas, combaterem pragas e doenças, renovar áreas, obter brotação precoce em pastagens etc.
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