segunda-feira, 13 de setembro de 2010

DESMATAMENTO - A situação atual da Mata Atlântica

Desmatamento contribui para o esgotamento das fontes de água natural prejudicando o abastecimento, deixa o solo sem proteção das raízes das árvores, impedindo a erosão.O desmatamento das florestas brasileiras, em especial da Amazônia, é motivo de preocupação entre os ambientalistas mundiais, não só pela área envolvida como pela biodiversidade local.
Entretanto, é na Mata Atlântica que a devastação demonstrou sua maior eficiência, pois dos 1,1 milhão de km2 que percorriam o litoral brasileiro de norte a sul, restam hoje apenas 7%. A ocupação desordenada da faixa costeira, iniciada logo após o descobrimento, reduziu a mata a pequenas manchas verdes em poucos Estados, notadamente no Sul do País. Apesar de alguns avanços na criação de áreas protegidas e ainda que cada região tenha causas diferentes de desmatamento, a Mata Atlântica continua, de uma forma geral, a sofrer com o assédio de madeireiras, culturas agrícolas, pecuária, especulação imobiliária, palmiteiros, queimadas e com uma técnica ultrapassada de secagem de fumo com lenha retirada da floresta. Entre o Rio Grande do Sul e o Espírito Santo, foram perdidos 500.317 hectares de matas primárias, entre 1990 e 1995. Só restam em pé 8.182.096 hectares de florestas na Mata Atlântica, excessivamente fragmentadas. A constatação é de um recente estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto Socioambiental (ISA). Este é o segundo levantamento feito pela SOS Mata Atlântica. O anterior abrangeu o período entre 1985 e 1990 e demonstrou que naquela época restavam apenas 8,8% da mata. Apesar dos decretos restritivos e das campanhas para salvar um dos ecossistemas de maior biodiversidade do planeta, as imagens de satélite mostram um avanço impressionante dos desmatamentos.
Na comparação entre o atual levantamento e o realizado entre 1985 e 1990, verifica-se que o ritmo de devastação da cobertura florestal diminuiu, de 6,5% para 5,7%. Mesmo assim, é um valor excessivo, pois trata-se de um ecossistema que já foi reduzido a apenas 7% do seu tamanho original.
Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, com a velocidade alarmante com que vêm sendo reduzidas suas coberturas originais __ a devastação da Mata Atlântica é duas vezes e meia maior do que a da Floresta Amazônica __ a Mata Atlântica está caminhando em um ritmo descontrolado para a extinção e pode acabar dentro de aproximadamente 50 anos.
Em números absolutos, o Rio de Janeiro é o campeão do desmatamento, com 140.000 hectares derrubados. Em seguida, vem Minas Gerais, com 88.951, Paraná, com 84.609 e São Paulo, com 67.400 hectares devastados (veja o quadro perfil por estado).
Em números relativos, em primeiro vem também o Rio de Janeiro, com o desmatamento de 13,13% de sua área, seguido por Mato Grosso do Sul, com 9,59%, e por Goiás, com 9,10%.
É interessante ressaltar que apesar de em alguns Estados o domínio de Mata Atlântica ser pequeno, os números apresentados não se referem a outros tipos de floresta.

Um comentário:

  1. obrigada pelas informações, elas estão muito completas...

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